A Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro informou no fim da tarde deste sábado (15) que o total de mortos pelas chuvas saltou para 599. A expectativa é de que esses números cresçam confirme as equipes de resgate tiverem acesso a áreas isoladas na região serrana fluminense.
Em Nova Friburgo, o número de mortos saltou para 267; em Teresópolis; para 261. Petrópolis agora registra 53 e Sumidouro continua com 18 vitimas.
Em Petrópolis, há 3.600 desalojados e 2.800 desabrigados. Teresópolis tem 960 desalojados e 1.280 desabrigados. Nova Friburgo tem 3.220 desalojados e 1.970 desabrigados.
Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, presenciou a queda de uma barreira durante a ida para Nova Friburgo, no Rio, neste sábado (15). “Faço um apelo porque vi, in loco [a queda]: que ninguém use a RJ 116, porque acabou de acontecer uma queda de barreira. É algo muito sério, muito grave, está interditado”, afirmou, ao chegar em Nova Friburgo, onde fortes chuvas voltaram a alagar as ruas da cidade.
O governador disse que sentiu na pele a tensão que vivem os moradores da região. “Não vivi a mesma coisa porque graças a Deus estou vivo e não perdi nenhum parente nessa tragédia. Mas efetivamente vivi o pânico”, contou.
O governador visita a cidade para ver os estragos e também o hospital de campanha da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil, montado no local. Ele reforçou que a cidade está vivendo uma situação de precariedade, mas que não estão faltando esforços.
Resgate
Cabral ressaltou que são 11 aeronaves do Estado e 20 aeronaves de órgãos federais e empresas sobrevoando a região, além de centenas de veículos de diversos órgãos atuando no município. Há também milhares de homens da polícia, do exército e homens da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) enviados pela prefeitura do Rio. “Fiquei emocionado porque eles podiam estar trabalhando no Rio e vieram para cá.”
O governador também informou que os US$ 100 milhões liberados pelo Governo Federal serão utilizados por etapas, de acordo com as prioridades. Agora, os recursos vão para as áreas aluguel/social e manutenção das equipes na cidade. “Temos de fazer muita coisa, mas agora é hora de ajudar”, disse. Ele calcula que os danos vão chegar a “centenas de milhões de reais”, mas que não é possível determinar um valor ainda.
Por conta da tragédia, Cabral decretou luto oficial de sete dias no Estado. A presidente da República, Dilma Rousseff, decretou luto oficial de três dias, a partir de sexta-feira (14). Em comunicado, ela afirmou que o luto é "pelas vítimas dos temporais que assolaram vários municípios do Brasil, principalmente da região serrana do estado do Rio de Janeiro".
Fonte;:UOL
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